21 de fev. de 2011

Acessibilidade na Prefeitura Municipal de Campo Grande

Olá Seguidores!

Vocês pediram, por meio da nossa última enquete, para verificarmos a acessibilidade da Prefeitura Municipal. E lá fomos nós!

A Prefeitura Municipal de Campo Grande possui Serviços e Secretarias em vários pontos da Capital. Nesta postagem, visitamos o Paço Municipal, localizado na Avenida Afonso Pena 3297, onde funciona o Gabinete do Prefeito e algumas Secretarias e Serviços. Confiram!


Bloco principal

Vagas reservadas

- Presença de vaga reservada para deficiente físico, mas não está localizada em rota acessível (para alcançarmos a entrada principal, é necessário fazer um trajeto pelo estacionamento, entre a circulação de veículos, até atingirmos a calçada, não havendo sinalização tátil direcional neste percurso); ✔/✘ 

- A vaga reservada não está vinculada à rota acessível que a interliga ao pólo de atração (entrada principal); não possui localização de forma a evitar a circulação entre veículos; possui uma placa de “pare”, que necessita ser removida antes de estacionar o veículo; ✘

- Existe sinalização vertical, porém não está de acordo com a NBR9050; ✔/✘

- Ausência de sinalização horizontal (pintura no chão); ✘

- Não existe espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura (para descermos do carro é necessário estacioná-lo na área de circulação de outros veículos, atrapalhando o fluxo); ✘

- Superfície do piso irregular e desnivelado, dificultando entrar e sair do veículo. ✘



Acesso via estacionamento

- Presença de rebaixamento de calçada, com sinalização de alerta tátil; ✔

- Existe desnível entre o término do rebaixamento da calçada e o leito carroçável; ✘

- Superfície do piso muito irregular (notem a quantidade de rachaduras e elevações), tornando-se trepidante; ✘

- Ausência de piso tátil direcional ou guia de balizamento (elemento edificado ou instalado junto aos limites laterais das superfícies de piso, usado para definir claramente os limites da área de circulação de pedestres, perceptível por pessoas com deficiência visual); ✘

- Esta entrada dá acesso ao prédio principal, porém não existe nenhuma sinalização visual ou tátil; ✘

- A escada que está aparecendo no fundo da foto dá acesso a um dos setores da Prefeitura, mas não existe nenhuma rampa ou equipamento de transporte vertical para chegar a este local. ✘

 

- Porta de acesso lateral ao prédio principal com um degrau isolado (os degraus em rotas acessíveis devem estar associados à rampa ou ao equipamento de transporte vertical);

- Para degraus isolados recomenda-se que possuam espelho com altura entre 15 e 18 cm (este degrau excede a altura recomendada de tal forma que não é possível utilizar esta entrada lateral com a cadeira de rodas);

- Ausência de sinalização tátil de alerta, que deveria ser instalada perpendicularmente ao sentido de deslocamento;

- Piso com irregularidades, pedras soltas e desnivelamento (observe a elevação do piso logo a frente da cadeira de rodas).

 
Acesso principal

- Presença de rebaixamento de calçadas para travessia de pedestres, com sinalização tátil de alerta; ✔

- Desnível entre o término do rebaixamento da calçada e o leito carroçável (observem que há desnível, irregularidades no piso e rachaduras mais fundas); ✘

- Existe rebaixamento de calçada localizado em lado oposto da via, alinhado ao que está registrado na foto; ✔

- Calçada, neste trecho, com previsão de faixa livre de pedestres, porém sem sinalização tátil direcional ou linha guia; ✔/✘

- Superfície do piso da calçada antiderrapante, porém irregular (rachaduras), causando trepidação na cadeira. ✔/✘

- Superfície do piso da calçada antiderrapante, porém irregular, não nivelado, instável e com pedras soltas; /

- Ausência de piso tátil direcional ou linha guia em toda a extensão da calçada, que leva até a entrada principal da Prefeitura;

- Faixa livre de circulação está garantida nesta extensão da calçada, mas depois da entrada principal há um ponto de ônibus; /

- Calçada em condições precárias de execução e manutenção, com rachaduras profundas, pedras e pisos soltos, além de a vegetação (grama) começando a invadir a área de faixa livre.


- Calçada com piso antiderrapante, porém irregular, não contínuo e trepidante; /

- Presença de corrimãos instalados em ambos os lados da escada fixa;

- Corrimão com desenho contínuo, porém com protuberância, onde as extremidades dos corrimãos deveriam ter acabamento recurvado e ser fixadas ou justapostas à parede ou piso, ou ainda ter desenho contínuo, mas sem protuberâncias;

- É recomendável que os corrimãos de escadas e rampas sejam sinalizados com um anel de textura contrastante com a superfície do corrimão, além de sinalização em Braille, informando sobre os pavimentos no início e no final das escadas fixas e rampas (não havia nenhuma destas sinalizações citadas);

- Não há sinalização tátil de alerta instalada perpendicularmente ao sentido de deslocamento, no início e término da escada fixa, em cor contrastante com a do piso;

- Ausência de sinalização tátil direcional (devendo ser utilizada em áreas de circulação na ausência ou interrupção da guia de balizamento).


- A superfície da rampa é antiderrapante, porém irregular (com rachaduras) e sem piso tátil direcional; /

- Entre os segmentos da rampa existe um patamar com dimensão longitudinal;

- Presença de patamar longitudinal no início e término da rampa;

- Ausência de guias de balizamento, as quais deveriam ser instaladas na lateral, nos limites de largura da rampa, pois a mesma não possui paredes laterais;

- Rampa com corrimão unilateral, o qual não tem acabamento arredondado, apresentando uma protuberância (se o portador de deficiência física tiver um comprometimento da metade direita do corpo, como se apoiará para subir a rampa?);

- Não há sinalização tátil de alerta na rampa, em cor contrastante ao piso, indicando a mudança de nível.


- A superfície do piso é antiderrapante, mas, novamente, irregular, com rachaduras e trepidante; /

- Não existe sinalização tátil direcional, que deveria ser utilizada nesta área ampla de circulação, já que não existe guia de balizamento;

- Ausência de planos e mapas táteis, que deveriam ter as superfícies horizontais ou inclinadas (até 15% em relação ao piso) contendo informações em Braille (como um deficiente visual consegue localizar as diferentes entradas e setores da Prefeitura?);

- Porta com espaço suficiente para entrada e saída de pessoas com cadeira de rodas;

- Na porta principal da Prefeitura, não há informação visual entre 1,40 m e 1,60 m do piso, localizada no centro da porta ou na parede adjacente, a uma distância entre 15 cm e 45 cm do batente. A sinalização tátil (em Braille ou texto em relevo) deveria ser instalada nos batentes ou vedo adjacente (parede, divisória ou painel), ao lado da maçaneta;

- Para as portas, quando instaladas em rotas acessíveis, recomenda-se que tenham na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente a impactos provocados por bengalas, muletas e cadeiras de rodas, a uma altura de no máximo 40 cm do piso;

- Existe um capacho logo após a porta principal, embutido no piso, não causando desnivelamento.


Banco

- Balcão garante área de aproximação frontal e altura livre inferior, permitindo que o cadeirante possa avançar sob o balcão;

- Símbolo Internacional de Acesso, indicando que o mobiliário tem acessibilidade;

- Piso regular e estável, porém não há sinalização tátil direcional ou guia de balizamento. /


- O símbolo internacional de acesso deve indicar a acessibilidade aos serviços e identificar espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos onde existem elementos acessíveis ou utilizáveis por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, porém este caixa eletrônico não está adaptado para atender as necessidades deste público, utilizando inadequadamente o símbolo;

- Ausência de caixa eletrônico que apresente equipamentos acessíveis para providenciar instruções e informações visuais e auditivas ou táteis, com privacidade ao usuário;

- Não há área de aproximação frontal para cadeirantes, pois não é prevista área inferior livre;

- Caixa eletrônico não permite dimensões máximas, mínimas e confortáveis para alcance manual frontal (observem que as mãos do cadeirante não alcançam o teclado);

- Caixa eletrônico localizado em rota acessível, porém não há sinalização tátil indicando sua localização. /


Elevador (acesso aos dois andares superiores e ao gabinete)

- Presença de elevador vertical para acesso ao 1º e 2º andar do bloco principal;

- No elevador, não há formas de comunicação e sinalização visual (texto ou figuras), tátil (caracteres em relevo, Braille ou figuras em relevo) e sonora (recursos auditivos);

- Externamente ao elevador, não há sinalização tátil e visual informando instrução de uso (fixada próximo à botoeira), indicação da posição para embarque e indicação dos pavimentos atendidos;

- Ausência de sinalização tátil de alerta, instalada junto à porta do elevador em cor contrastante com a do piso;

- O interior da cabine permite o acesso de uma pessoa em cadeira de rodas;

- Obs.: Devido à grande circulação de pessoas, não conseguimos parar muito tempo o elevador para analisar o seu interior.


Acesso pelos fundos

- Ausência de sinalização visual localizada no centro da porta ou na parede adjacente e de sinalização tátil (em Braille ou texto em relevo) nos batentes ou vedo adjacente, ao lado da maçaneta;

- Presença de desnível para a transposição da porta, o qual não possui sinalização visual e tátil;

- Ao longo do trajeto até este acesso, não existe sinalização tátil direcional indicando o caminho a ser percorrido, já que também não há guia de balizamento;

- Nas edificações e equipamentos urbanos, todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício, o que não foi constatado na rota percorrida até esta entrada;

- Os corredores possuem dimensionamento de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos;

- Porta de duas folhas e ambas com vão livre de 80 cm;

- Superfície do piso regular, firme e estável, mas não é antiderrapante. /


Sanitários

- Ausência de Sanitário Acessível devidamente sinalizado, que deveria ser localizado em rotas acessíveis, próximo à circulação principal, preferencialmente próximo ou integrado às demais instalações sanitárias. Vale ressaltar que a quantificação dos sanitários e vestiários de uso comum ou uso público devem ter, no mínimo, 5% do total de cada peça instalada acessível, respeitada no mínimo uma de cada;

- Apesar de não estar ilustrado na foto, existe um desnível na entrada do sanitário, sem sinalização adequada;

- A informação visual da placa indicando o sanitário não possui boa legibilidade, pois não há contraste entre a sinalização visual (texto ou figura) e a superfície sobre a qual ela está afixada;

- O Extintor de Incêndio, considerado um obstáculo suspenso e com o volume maior na parte superior do que na base, não possui sinalização tátil de alerta.


- Sanitário com piso regular, firme e nivelado, porém sua superfície não é antiderrapante; /

- Vão da porta com largura mínima prevista, porém não existe área de giro para manobrar a cadeira, impedindo a entrada ao sanitário (observem como é estreita esta área, impossibilitando a manobra da cadeira de rodas para o lado direito);

- A porta não tem condições de ser aberta com um único movimento e sua maçaneta não é do tipo alavanca;

- A porta não permanece aberta, necessitando ser apoiada por um objeto, tornando o vão da porta ainda mais estreito;

- O interior do sanitário não foi registrado, pois não há mobiliários e espaço acessíveis.


Local de pagamento do IPTU

Vagas reservadas

- Presença de vaga reservada para deficientes físicos em rota acessível; ✔

- Sinalização vertical presente e adequada para a vaga (placa com o símbolo internacional de acessibilidade); ✔

- Ausência de sinalização horizontal (pintura no chão), delimitando a vaga e demarcando também o espaço adicional de circulação (sem esta sinalização, não é possível identificarmos o número de vagas reservadas); ✘

- Existem dois cones para impedir que veículos não autorizados estacionem nas vagas, porém isso é inadequado (o deficiente físico ou outro indivíduo terá que retirar o cone antes de estacionar, uma situação nada acessível); ✘

- Quando questionamos a presença dos cones no meio da vaga reservada, fomos informados de que os guardas que permanecem na frente do local retiram o cone quando um veículo autorizado vai estacionar, e que isso ocorre porque outros veículos acabam estacionando na vaga;

- Presença de dois rebaixamentos de calçada interligando a vaga à entrada do setor, mas apenas um rebaixamento está com sinalização tátil de alerta. ✔/✘


Rampa no hall de entrada


- Presença de rampa com paredes laterais, servindo como linha guia para deficientes visuais (o deficiente visual consegue guiar-se através da parede, pois a identifica com sua bengala);

- Não há corrimãos laterais na rampa (se um indivíduo com mobilidade reduzida for utilizar a rampa, onde irá se apoiar?);

- Ausência de sinalização tátil de alerta no início e final da rampa, com cor contrastante a do piso;

- Superfície do piso da rampa é estável, firme e antiderrapante, porém a disposição antiderrapante não é contínua (observem que, no lado direito da foto, existe uma superfície sem a porção antiderrapante);

- No hall de entrada, toda a superfície do piso, apesar de ser estável e firme, não é antiderrapante;

- O patamar longitudinal do início e término da rampa está adequado.


Bebedouro

- O bebedouro não permite aproximação frontal do cadeirante, pois não possui altura livre inferior (não há como se aproximar frontalmente, já que as pernas colidem contra o bebedouro);

- Copos descartáveis estavam atrás do bebedouro, com a altura do local para sua retirada adequada;

- Acionamento do bebedouro está localizado na área frontal.


Balcão

- Área livre para manobra e circulação de cadeira de rodas, com piso regular, firme e estável, mas não antiderrapante; /

- Aproximação frontal não é prevista, já que não há área inferior livre, impossibilitando o avanço da cadeira de rodas sob o balcão;

- É possível a aproximação e o alcance manual lateralmente;

- Ausência de sinalização em Braille, que deveria estar posicionada abaixo dos caracteres ou figuras em relevo.

 
Guichês

- Esclarecimento: No canto superior esquerdo da foto, é possível visualizar alguns guichês, onde o acesso é por escadas fixas, não existindo rampas. Segundo fomos informados, quando há um deficiente físico ou pessoa com mobilidade reduzida, o atendimento é feito nos guichês do piso superior (ilustrado na foto), ou seja, um atendente sobe para poder suprir as necessidades deste público;

- Não há sinalização tátil ou visual indicando a localização do guichê e sua função;

- Novamente apenas a aproximação e alcance lateral são permitidos, não sendo possível o avanço da cadeira de rodas sob o guichê pela falta de área livre inferior;

- A superfície do piso é regular e firme, mas não antiderrapante; /

- Ao transpor a porta que dá acesso aos guichês do piso inferior, há sanitários do lado direito, mas nenhum é acessível.


Caixa para pagamento

- Caixa de pagamento com o balcão rebaixado, porém não possui área livre inferior, não permitindo a aproximação frontal do cadeirante; /

- É garantida área de manobra com rotação de 180°, bem como a aproximação lateral ao caixa;

- O caixa não possui indicação de acessibilidade, sinalizando visualmente que o local é reservado para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida;

- O piso tem superfície regular, firme e estável, porém não é antiderrapante, não possuindo também sinalização tátil direcional;

- Visibilidade e cor das placas informativas do caixa com adequada combinação das cores (texto preto com fundo branco).


Concluindo

Como podemos observar, o Paço Municipal é um prédio antigo e necessita de muitos reparos e adaptações para receber “todos” os campo-grandenses. Sabemos das dificuldades e dos custos de se realizar uma obra desta natureza. Todavia, em se tratando do órgão responsável pela fiscalização em toda cidade, este deveria servir de exemplo para a sociedade no quesito “acessibilidade”.


Com a palavra, o Blogueiro

Como todos sabem, somos imparciais nas nossas análises e críticas relacionadas à acessibilidade dos locais visitados pelo Blog Acessibilidade na Prática. Porém, diante de alguns acontecimentos no decorrer desta visita, não posso deixar de expressar alguns sentimentos e opiniões pessoais, mesmo não realizando este trabalho sozinho.

Eu nunca me senti tão subestimado como cadeirante e como cidadão. Ao chegarmos ao Paço Municipal, iniciamos as fotos pela parte externa. Ao tentarmos adentrar o setor de pagamento de IPTU, fomos barrados pela Guarda Municipal, a qual nos alegou necessitarmos de “autorização” para fotografarmos o interior do prédio, e que estavam apenas cumprindo ordens. Sendo assim, fomos até a Administração para pedir permissão para realizarmos a verificação, nos identificando como membros do Blog Acessibilidade da Prática. Para variar, ninguém sabia nos informar corretamente a respeito do assunto, orientando-nos a enviar um ofício à Prefeitura solicitando tal “autorização”. Aproximadamente 1 hora depois, um bendito servidor, muito atencioso por sinal, resolveu nos acompanhar para tirar os retratos, apresentando-nos as “boas condições” que um deficiente tinha para pagar seu IPTU.

É direito garantido na Constituição Federal e dever do cidadão fiscalizar todo e qualquer local ou serviço, seja público ou privado de circulação pública. Por isso, deixo registrado: “Eu não vou enviar ofício a nenhuma Empresa ou Repartição Pública solicitando autorização para realizar verificações de acessibilidade”, pois isso é um direito meu, bem como de todos.

Este espaço não é e nunca foi utilizado para denegrir a imagem de empresas, empresários, repartições públicas, pessoas, políticos ou entidades. Nosso objetivo sempre foi divulgar a importância da Acessibilidade para pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, tornando o assunto cada vez mais familiar às pessoas. Temos conseguido isso, graças ao apoio dos nossos amigos e seguidores, e nosso trabalho “não vai parar por aqui”.


Por: Frederico Rios (Cadeirante)

Análises: Maria Alice Furrer Matos (Fisioterapeuta)

Colaboração: Graciela Machado e Lissandra Ozuna

Data da visita: 18/02/2011






15 comentários:

  1. Olá Pessoal,

    Gostaria de dividir minha visão a respeito da nossa visita à Prefeitura...
    A acessibilidade apesar de ser um tema muito discutido, e ser motivo de inúmeros aborrecimentos devido à sua má aplicação, ainda deixa muito a desejar. Isso ocorre não por falta de um respaldo da legislação, mais sim, por falta de uma efetiva fiscalização e consciência da população. Um exemplo desta conduta foi a visita à Prefeitura, apesar do Blog cobrar e tentar mudar a visão da população de forma pacífica, fomos tratamos muito mal e constatamos um enorme descaso com o direito de ir e vir para todos os cidadãos.
    Além da limitação física, que esta parcela da população apresenta, a falta de consciência geral, impõe uma barreira arquitetônica, que muitas vezes dificulta também a liberdade e segurança de pessoas sem nenhuma deficiência.
    Os ambientes devem ser acessíveis, tanto para um cadeirante, quanto para um indivíduo com movimentos normais, assegurando desta forma a igualdade entre todos. Não adianta construir uma rampa, e achar que o local já é acessível!!! Acessibilidade é muito mais do que uma rampa, é um direito, é a inclusão de qualquer indivíduo no meio em que vive!!!!
    Isso é um protesto pacífico, pois convivo diariamente com as dificuldades que pessoas com deficiência física enfrentam, pela falta de consciência de muitos. Vamos nos conscientizar, e propagar a idéia de acessibilidade, pois todos nós iremos envelhecer e conseqüentemente nossa mobilidade será reduzida, e vale lembrar que nenhum de nós está livre de ter a mobilidade reduzida temporariamente ou permanentemente. Então para quem acha que acessibilidade não é essencial, tente andar pelas ruas com uma venda nos olhos, empurrando alguém na cadeira de rodas, ou sentar e manusear uma cadeira de rodas, e depois reveja seus pensamentos.
    Todas as normas da NBR9050, tem o intuito de adequar tarefas cotidianas à qualquer deficiência, porém se estas normas “fingem” ser efetivas em muitas instalações, acabam por dificultar e colocar em risco a segurança de muitos CIDADÃOS BRASILEIROS, que tem o direito de usufruir tudo que é oferecido em suas cidades, trabalho, área de lazer, serviços públicos, dentre outros. Lembrando que o termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação, então apenas uma rampinha ou uma placa com o símbolo de acessibilidade, não deixam um local acessível!!!!!
    Vamos começar a olhar todos os ambientes com outra visão, pois afinal TODOS precisamos de locais acessíveis para ir e vir!

    Muito Obrigado ao apoio dos Amigos!!!

    Abçs,

    Maria Alice

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  2. Parabéns por mais essa matéria.
    Cada vez que vejo a falta de acessibilidade, fico tentando achar uma resposta para tal atitude.
    O blog tem mostrado a dificuldade e falta de uma verdadeira educação por parte de todos. Tem conscientizado a todos sobre o assunto. Mas ainda temos muito o que aprender. Que este seja o início de uma grande mudança. Temos que fazer a nossa parte!!! Abraços...

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  3. Fred! O que dizer numa hora dessas, a não ser que concordamos com tua indignação, e principalmente te apoiamos enquanto amigos, e enquanto cidadãos brasileiros. Quando leio o blog me sinto cada dia mais informada sobre o que é acessibilidade. Temos a certeza que teu blog, tua iniciativa, tua força de vontade e coragem, está ajudando muitas pessoas. Serve de exemplo pra outros, e com certeza de comprovação pra ti de tudo que nós amigos já sabiamos, que és muito forte, e que como diziamos e confiávamos, era só questão de tempo para que tu te desses conta disso. Passando aqui vemos que nunca estivestes sozinho, mesmo que não nos visses. E Maria Alice, que profissional tu és! Parabéns. E aos amigos que te acompanham Fred, deixo aqui meu abraço fraterno. Não se calem mesmo, coloquem a boca no trombone sim, por ti , por nós e por todos. Te amamos pelo que és interiormente.
    Abraço emocionado de quem te admira muito.
    kaka

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  4. Indignação pelo tratamento absurdo (para não qualificá-lo com termos mais "específicos"); indignação pelo descaso com a causa da acessibilidade por aqueles que deveriam dar o exemplo; indignação por sermos tão cobrados como cidadãos, mas não termos a mínima contrapartida daqueles que cobram, multam, negam alvarás e instituem taxas vergonhosas; indignação pela sensação de impotência diante de tanto desmando e tanto descaso daqueles que ocupam o poder público.

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  5. Bravooo para todos os comentários!! E não vamos desistir..Concordo eu não ter que fazer ofício, por todas as razões já expostas por vc FRED, mas tb pelo simples fato de que vão ser engavetados!! Simples e óbvio!! É vergonhoso, mas façamos nossa parte sempre.. Queria tanto publicar esta matéria em rede nacional... Seria possível? Tenho amiga jornalista que sempre abraçou esta causa..Vmos pensar?
    Bjos e agurado retorno!

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  6. Vocês estão realizando um trabalho excelente, fornecendo uma percepção bastante realista sobre a acessibilidade (ou a falta dela) em diversos ambientes públicos ou privados de uso coletivo de Campo Grande. Sigam em frente! O caminho é esse. Parabéns!!!
    Silas Lima

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  7. Querido Fred!
    Estou aqui chocada com este seu post, imagina sim que não iria encontrar um modelo ideal de acessibilidade, mais jamais pensei que a nossa Prefeitura estava tão longe da palavra acessivel.Confesso, sinto vergonha!
    Que bom que existe você e toda sua equipe da Acessibilidade na Prática que está mostrando o quanto é preciso mudar este quadro, afinal como falou a Maria Alice logo acima, todos nós iremos envelhecer e vamos sim precisar de uma estrutura adequada realmente para ir e vir.
    Parabéns pelo lindo trabalho que tem feito e por favor, não desista jamais desta sua luta pela conscientização de todos a acessibilidade.
    Abraços com carinho de quem te adquira demais!
    Saudades!!!
    Renata Cox

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  8. Como educadora, compartilho com você suas inquietações. Esse blog me despertou ainda mais me fazendo observar a acessibilidade, ou a falta dela, de cada lugar que eu entro e frequentemente me entristeço com a falta de sensibilidade de muitos.
    Parabéns pelo trabalho e conte comigo!
    []s

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  9. Geente, vocês estão muito detalhistas, estou adorando isso aqui. Poxa, muito revoltante o foto de tentarem impedir ou atrapalhar vocês, isso é um absurdo mesmo, devemos fiscalizar tudo que nos for de direito, públicos, o quanto quisermos. Pelo que pude observar, e não sei se estou enganada, não existe pelo menos uma entrada acessível para o interior do prédio, é isso? Corrimão só de um lado da rampa é inaceitável e guias de balizamente mais ainda, já que só precisamos de meio tijolo cimentdo durante o percurso, uma besteira tão grande que não se preocupam em seguir. Um deficiente visual certamente nã ose vira sozinho aí de primeira, tudo muito falho. Parabéns por pegarem o máximo de detalhes que conseguiram, melhoram a cada dia. Ah, um PS: só eu tenho a impressão de que, na quinta foto, o Fred disparou na cadeira acionando o botar Turbo? saiu até fogo das lanternas traseiras. [kkkkk] Okay. Abraços

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  10. Fred, entendo e me solidarizo com seus sentimentos nesse episódio. Mas para nós, do Fórum de Acessibilidade, essa atitude da Prefeitura não é nenhuma surpresa. Como você pode ver em nosso blog (http://cgacessivel.wordpress.com) somos várioas entidades e cidadãos preparando um trabalho semelhante ao seu, há quase dois anos, e nessa caminhada já enfrentamos diversas situações iguais e até piores. O mais absurdo é as capengas leis brasileiras ainda vaforecem os infratores, que - acredite! já consultamos assessoria jurídica sobre isso! - podem, sim, nos processar por publicação de fotos sem autorização prévia. Daí nossa imensa batalha na costrução de parcerias e mecanismos que nos permitirão editar o Guia de Locais Acessíveis de Campo Grande. Mas os desafios estão aí para serem vencidos e mobilizar a opinião pública é muito importante para a nossa causa. Então, não desanime e conte conosco!

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  11. Ótimos comentários!!! Fred, dureza mesmo!! Mas com certeza é através de trabalhos como o seu, do Adone, que irão fazer com que irregularidades em estruturas, irregularidades na forma de tratar uma pessoa como um ser humano, um cidadão comecem a ser mudadas e passem a não mais existir... Caminhada longa, mas é colocando o assunto em pratica que as coisas começam a funcionar!! E com certeza quem exige tanto com impostos, tributos absurdos tem que no mínimo dar exemplo... Triste ver tantas irregularidades... Mas feliz por ver vc e sua equipe lutando por divulgar a importância da Acessibilidade para pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, tornando o assunto cada vez mais familiar às pessoas de uma forma passífica e tão esclarecedora!! Parabéns!!!!!!!!!! Grande abraço!!

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  12. Mais uma vez o blog apresenta um excelente post.

    Dessa vez pude fazer parte dessa turma maravilhosa que procura demonstrar aqui no blog quais e quão acessíveis são os locais púclicos na cidade de Campo Grande.

    A visita ao prédio da prefeitura (o da Afonso Pena) de fato não foi das mais fáceis:além do piso bastante prejudicado, fomos impedidos de tirar qualquer foto do referido prédio por dentro.

    Felizmente algumas poucas almas boas, educadas e sensíveis à causa se utilizaram dos meios necessários - e extremamente burocráticos - para autorizar nossa visita "fotográfica" na parte específica de pagamento do IPTU.

    Vê-se que o Estado - e aqui leia-se como sendo a Administração como um todo - nunca, mas NUNCA facilita a vida de ninguém, nem quando impõe normas de acessibilidade, pois não as cumpre.

    Dessa forma pessoalmente agradeço a gentileza e atenção dispensada à equipe pelos 2 funcionários que nos ajudaram e espero que a autoridade responsável pelo cumprimento da lei referente à acessibilidade de fato busque uma forma de obedecê-la.

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  13. SERÁ QUE DESSA FORMA SEREMOS VISTO?ESPERO QUE SIM NÉ,,,,,VOU TE CONTAR FUI AO CASAMENTO ESSE FIM DE SEMANA E VEJA SO NADA DE RAMPA SOMENTE ESCADA NO LOCAL,TIVE QUE SER CARREGADA QUE DESCONFORTO AONDE VAMOS E QUANDO VAMOS CONSEGUIR TRAZER NOSSA LIBERDADE DE VOLTA.........................

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  14. Sabe que quando vi que iam visitar a prefeitura, logo pensei que eles poderiam criar alguma encrenca... mas como uma pessoa esperançosa que sou...ja na hora imaginei que seria coisa da minha cabeça. Pois ai está, chega a ser ridiculo, como se estivesse invadindo uma propriedade particular. Temos o direito de adentrar e tirar fotos de todos os locais PÚBLICOS que quisermos. Mas enfim, deu tudo certo e é isso que importa. Mostrando que o blog está firme e forte para enfrentar todos os obstáculos, e que esse "acontecimento" não vai impedir de continuarmos o trabalho. Parabéns por mais essa conquista. E que venha o próximo.

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  15. ola preciso do contato do Frederico, estou fazendo minha monografia com tema acessibilidade, sou funcionária da prefeitura
    posso conseguir publicação seria interessante uma entrevista e agradecimentos ao Frederico que teve uma linda iniciativa em criar este blog.
    abraços
    meu email é pryscilla.dsm@hotmail.com
    aguardo contato

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