Acessibilidade na Prática: Segundo a NBR 9050, segunda edição válida a partir de 30/06/2004, a “acessibilidade” é definida como a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos, e ser “acessível”, segundo a norma, é o espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação. A partir destes conceitos teóricos, explique de maneira prática o que é acessibilidade para você.
Resposta: Acessibilidade é aquilo que só entendemos depois que passamos a necessitar pessoalmente, através de um familiar ou ente querido. Quando eu “andava”, lia ou ouvia dizer sobre este termo "acessibilidade". Hoje, luto para que as pessoas o conheçam enquanto novas, porque não desejo que ninguém passe pelo que passei, mas desejo que todos vivam muito e vivendo muito irão envelhecer, envelhecendo vão precisar da acessibilidade.
Acessibilidade na Prática: Existiu algum evento no qual a tentativa de tornar um ambiente acessível acabou gerando um maior desgaste físico na sua rotina?
Resposta: Sim! Frequento um prédio que tem uma escada no hall de entrada. Para meu conforto, mandaram construir uma rampa e adivinhem! Construíram um par de trilhos! Além de super perigoso, só passava as rodas de trás da cadeira e custaram incríveis R$ 1.200,00. Vejam nas fotos abaixo:
Acessibilidade na Prática: A partir deste evento, quais providências foram tomadas para melhorar a sua acessibilidade? E você, as considerou úteis?
Resposta: Eu reclamei, como não podia deixar de fazê-lo. Ameacei chamar os jornais locais e a rampa foi refeita, desta vez inteiriça.
Acessibilidade na Prática: A questão de ser dependente atrapalha a rotina de muitos deficientes físicos. No seu caso, qual fator você considera minimizar este impacto?
Resposta: Dirigir e ter veículo próprio, porque ser cadeirante e depender de transporte publico é o fim da picada.
Acessibilidade na Prática: A questão da acessibilidade, embora muito discutida, é pouco utilizada em nosso cotidiano. Na sua cidade (Belo Horizonte - MG), você já conseguiu alguma mudança significativa para melhorar o ir e vir de pessoas com deficiência? Como?
Resposta: Sim. Na construção do último shopping, conseguimos a instalação de banheiros adaptados em separado (masculinos dos femininos). Todavia, a luta maior é pelo rebaixamento das calçadas e fiscalização das vagas destinadas às pessoas com deficiência.
Acessibilidade na Prática: Mande um recado para as pessoas que ainda não compreenderam o que é Acessibilidade na Prática.
Resposta: Nobres cidadãos, eduquem seus filhos, respeitem as vagas demarcadas, respeitem os assentos em transportes públicos, promovam a acessibilidade em suas construções, empresas e casas, empreguem os deficientes e ajudem apenas quando a ajuda for solicitada. Feliz 2011 e sejam muito felizes!
Renildo Dias de Oliveira - Cadeirante - Belo Horizonte - MG
Por Maria Alice Furrer Matos - Fisioterapeuta
Parabéns por mais uma iniciativa do Acessibilidade na Prática! A entrevista de quem sente na pele o que é enfrentar "obstáculos" na vida nos faz refletir muito mais a respeito. Abraços!
ResponderExcluirRonny Stward
Muito boas as matérias, estão de parabéns.
ResponderExcluirOieeeeee Fred e a toda a equipe da Acessibilidade na Prática!
ResponderExcluirParabéns por mais um post super informativo que faz a gente parar e relfetir sobre o desafios da acessibilidade e assim buscar soluções para melhor qualidade de vida de todos.
Abraços
Renata Cox
Olá querida colega! Estás de parabéns pela entrevista, bem objetiva e prática, como tem sido todos os posts do blog. Já vou compartilhar pelo twitter e pelo facebook. Contem comigo sempre!
ResponderExcluirabraço fraterno
karla siqueira
(FISIOTERAPEUTA)
Mais uma historia de quem passou a ver a vida sobre rodas do dia pra noite!!! Infelizmente precisou isso para o rapaz entender o termo acessibilidade.
ResponderExcluirParabéns por sua iniciativa Maria Alice.
ResponderExcluirÉ através de gestos como este que podemos alcançar uma maior compreensão e conscientização dos problemas enfrentados pelas pessoas portadoras de necessidades especiais e, desta forma, contribuirmos para a construção de uma sociedade mais inclusiva.
Um abraço,
Daily
Parabéns, mais uma vez, pela matéria.
ResponderExcluirComo disse ontem pra vc, tenho aprendido muito com o blog.
Beijos...
Oi Maria Alice!!!
ResponderExcluirParabéns pelo blog, muito interessante, e uma atitude admirável! E pelo visto estão com uma equipe de peso! Vou fazer um twitter para ficar mais atualizado, e seguirei vcs tb!!
Bjs,
Guilherme
Olá pessoal!
ResponderExcluirCom certeza teremos muitos relatos de experiência de pessoas com deficiência aqui no blog. Eu, como muitos outros cadeirantes, sei muito bem como é difícil encarar o mundo após perder movimentos importantes do corpo. Além das sequelas físicas, ficam muitas sequelas psíquicas, obrigando-nos a fazer tratamentos inclusive com fortes medicamentos. O que não podemos, como cadeirantes, é ficarmos revoltados com as pessoas e achar que o mundo inteiro está contra nós, ainda mais se abraçamos a causa de melhoria da acessibilidade.
Se declararmos guerra contra tudo e contra todos, aí sim não conseguiremos nada. Mesmo sendo cadeirante, me coloco muito no lugar dos donos de estabelecimento, por exemplo, pois a falta de informação é muito grande, além da falta de vontade, claro.
Antes de mais nada, usemos o diálogo e a articulação entre os interessados, para depois partirmos para a "ignorância".
Parabéns, Renildo!
Abraços a todos!!!
Olá Pessoal!!!
ResponderExcluirMuito obrigado à todos que comentam, participam e divulgam o blog!!! Mas espero que todos possam entender o objetivo do blog, e para isso leiam e guardem as palavras do comentário acima. O Fred conseguiu explicar claramente o que realmente devemos buscar quando o assunto é acessibilidade!!!!
Parabéns Fred!!
Bjssss
É verdade, com esperança e paciencia tudo se resolve,tudo tem que ser pranejado, para dar certo. abraço..
ResponderExcluirSenhores do blog, o nome correto é Renildo Dias de Oliveira, podem corrigir?
ResponderExcluirObrigado
Renildo, desculpe-me pela gafe. Seu nome está corrigido.
ResponderExcluirAbraços e obrigado pela colaboração!
Oi, deixei um selinho para você no meu Blog. Blogs legais devem ser recomendados. Passe lá para conferir:
ResponderExcluirhttp://estardeficiente.blogspot.com
Adorei seu BLOG, parabéns pela matéria.
ResponderExcluirhttp://rafabombo.blogspot.com
Excelente matéria!!! Não basta apenas ouvir falar sobre acessibilidade e sim a compreender de forma que possamos mudar o ambiente em que vivemos. Educar nossos filhos, nos educar. Como disse Renildo as pessoas devem conhecer enquanto novas o termo acessibilidade...Todos queremos viver muito e envelhecendo vamos também precisar de acessibilidade!!! Esse blog esta mexendo com certeza com as pessoas...Impressionante como estamos mais criticos e observadores quando saímos às ruas, notando se o ambiente é acessível a todos ou não. Comentar com o dono do estabelecimento as melhorias, não estacionar em vagas de portadores se não o é, enfim pequenos gestos fazem a diferença!!! Vamos que vamos melhor a cada dia o lugar em que vivemos :)
ResponderExcluirAbraços :* Fiquem com Deus!!!
Verdade!! Antes do acontecido com meu amigo não tinha o costume de reparar. Hoje em todos os lugares que vou fico imaginando como seria se ele estivesse junto. O principio de tudo é a educação,difícil não é educar as crinças e sim conscientizar os adultos!!!!!
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